quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Caiu Abu al Baraa, o dirigente socialista das milícias rebeldes da Síria (OOI Nº18)

Caiu Abu al Baraa, o dirigente socialista das milícias rebeldes da Síria
Síria, 24/10/2016
Sob as balas do fascista Al Assad e o assassino Putin, Defendendo a frente Sul de Aleppo, a capital da resistência,
Caiu Abu al Baraa, o dirigente socialista das milícias rebeldes da Síria
Milhares de milicianos, operários e mulheres da resistência honram seu nome Abu al Baraa... operário, escritor, diretor do periódico “A verdade dos oprimidos” dos Comitês de Coordenação Revolucionários da Síria... é também um mártir da classe operária mundial


Defendendo a frente sul da Aleppo cercada, assassinado pelas balas d o fascista Al Assad e Putin, o sicário do imperialismo, caiu Abu al Baraa, um jovem operário dirigente das massas rebeldes de Aleppo. Ele foi coautor do livro “Siria Bajo Fuego”, editado em 2014, junto a Abu Muad e Carlos Munzer. Foi uma figura influente e importante do movimento socialista internacional. Foi o organizador das forças da IV Internacional em todo o Magreb e Oriente Médio. Caiu combatendo nos subúrbios de sul de Aleppo, capital da resistência, para romper o cerco de Bashar e Putin e seu chefe Obama às massas despossuídas e famintas da cidade.
Abu al Baraa foi um dirigente do Coletivo pela Refundação da IV Internacional. Foi atacado nos postos mais avançados do combate da revolução síria e da revolução mundial. Ali é onde se acabam as palavras, onde é preciso optar por trincheiras: ou com os carrascos e os assassinos das massas sírias, que só se enfrentam entrem si para disputar o botim dos oprimidos; ou com a classe operária e o povo pobre lutando para levar à vitória a revolução que eles e somente eles fizeram e encabeçaram em 2011-12.


Abu al Baraa foi um revolucionário que encabeçou a luta e a intervenção da juventude operária e dos explorados da Síria contra seus opressores, em uma guerra crua, onde o fascista Al Assad faz o trabalho sujo de todas as potências imperialistas. Foi o socialista revolucionário mais perspicaz e valente que nossa corrente internacional tinha.
Ele encabeçou as mobilizações de milhares de jovens e trabalhadores aos quarteis dos generais burgueses do ESL e AL Nusra (ver fotos) exigindo armar as massas, para que estas se auto-organizem e decidam o curso de sua revolução e seu combate. Porque cada vez que isto aconteceu, o cão Bashar viu tremer o chão sob seus pés. Esse era o caminho para liberar Aleppo e toda Síria. Ele lutou pela democracia direta, pelos comitês de auto-organização das massas, para que os milicianos saídos das entranhas dos explorados elejam seus chefes com democracia direta. Ele sonhava e lutava com a resistência palestina, pois sabia que Al Assad cobria muito bem as costas do sionismo. Enviava cartas a seus irmãos sírios imigrantes e refugiados que na Europa ainda buscam sair dos massacres, da guerra e da fome. Pois os marxistas revolucionários da Síria lançaram a consigna de Europa, EUA e Oriente Médio: uma mesma classe, um mesmo inimigo. Encabeçou a luta, junto a centenas de revolucionários sírios, pela liberdade de todos os presos políticos do mundo, como os da resistência palestina, os presos bascos, Alfon (preso no Estado espanhol), os operários petroleiros condenados a prisão perpetua em Las Heras (Argentina), os anarquistas presos na Grécia. Os operários e jovens de vanguarda da revolução síria sabem e compreendem cada vez mais por sua própria experiência que na Síria estão dando uma punição a toda classe operaria mundial e que Al Assad pode impor semelhante genocídio porque as direções traidoras da classe operária mundial sustentam suas mãos para matar a juventude e os trabalhadores sírios.
Com os generais do ESL fugindo ao norte sírio em batalhas inúteis e a Turquia, com os políticos e homens de negócios da Al Nusta refugiados em Idlib, na Aleppo revolucionária ficou definitivamente cercada pelas forças de Al Assad, o bombardeio constante de Putin e as forças pró ianques das YPG. Já também ficou claro por demais que o estado de sítio da Turquia serviu para reprimir a classe operária turca e para fortalecer as fronteiras com a Síria, para disciplinar os mais de 4 milhões de refugiados que estão ali e para que não se organize nem se reagrupe a resistência. É preciso dizer a verdade! Pois a esquerda vendedora de ilusões e agente do grande capital só joga veneno na cabeça dos operários. Obama e Putin coordenam para não chocar seus aviões no espaço aéreo sírio. Os EUA, com a burguesia curda e o ISIS, e a Turquia controlam o norte da Síria. As forças de todas as quadrilhas capitalistas se concentraram para massacrar Aleppo, como ontem fizeram em Homs, Qsair e Daraya. Eles sabem que a disputa aberta pelo botim virá quando esmaguem o último bastião da revolução de operários e camponeses que se abrira em 2011 em todo o Magreb e Oriente Médio, da Tunísia ao Cairo, de Aleppo a Jerusalém. Nestas condições, a contrarrevolução hoje fixou seu objetivo: o de atacar para esmagar a dezenas e dezenas de milhares de combatentes e rebeldes das grandes massas que resistem na Síria.
Abu al Baraa encabeçou a luta dos operários de Aleppo junto de seu pai Mustafa, também caído em combate, pela expropriação dos capitalistas, dos homens de negócios que na Síria não têm nem a bandeira nem a ideologia e só defendem o seu obtendo belos dividendos com a guerra e negociando com todos os bandos, enquanto matam de fome com 12 dólares ao mês os martirizados explorados sírios; como fazem os patrões da Turquia, Jordânia ou Líbano nas fronteiras da Síria martirizada. A sanha contra os operários revolucionários não se fez esperar. As fábricas tomadas por eles foram destruídas pelos aviões de Putin. Os generais do ESL levaram para muito longe seu armamento para o norte na fronteira com a Turquia, porque estas armas, nas mãos das massas auto-organizadas, poderiam ter repetido os combates que acabaram rompendo o cerco de Aleppo. O cão Bashar já estava indignado com a ala esquerda revolucionária e socialista das milícias rebeldes da Síria. Semanas atrás tinha destruído o quartel general da Brigada Leon Sedov, com aviões russos de última geração. Desta vez foi em Rashdin, subúrbios sul de Aleppo, onde os mercenários de Bashar puderam acabar com a vida de Abu al Baraa, que estava na cabeça da defesa da frente sul de Aleepo.
O camarada Abu al Baraa foi operado com urgência em um hospital de campanha na Síria. Não resistiu ao pós-operatório. Se fora um general burguês do ESL ou Al Nusra hoje estaria vivo nos melhores hospitais da Turquia. Seus camaradas, os milhares de operários que hoje na resistência de Aleppo se enchem de raiva e ódio, sabem que as coisas são assim. Um jovem de 24 anos, um revolucionário socialista, dirigente da Brigada Leon Sedov parte dos “Revolucionários do Levante”, tinha muito claro que a serpente se mata cortando a cabeça, e que essa cabeça está em Damasco, em Jerusalém e em Wall Street.
O camarada Abu al Baraa caiu na trincheira correta, combatendo contra o fascista Al Assad, sustentado por Putin e sob o manto protetor da ONU e dos EUA. Ele combatia com um rifle Kalashinikov, arrancado pelas massas do Exército de Al Assad. Aí não há M16 ianques nem misseis SAM (terra-ar) norte-americanos. Aí há uma população de operário e camponeses massacrada, com o pior dos silêncios da esquerda mundial... e quando não, com o stalinismo e suas forças contrarrevolucionárias apoiando abertamente Putin e Al Assad. Hoje, o véu da tragédia das massas sírias cai. A mesma coalizão contrarrevolucionária que cerca Síria, sob as ordens dos EUA ataca no Iraque, em Mossul. Os EUA voltaram a atacar o Iraque. Para terminar a tarefa que o ISIS não pode conseguir: terminar de esmagar os levantamentos revolucionários das massas iraquianas que estouraram em 2014. Os verdadeiros donos voltam pelo que é seu.
A esquerda reformista e os stalinistas esfregarão as mãos. Nos olharão indiferentes. Calarão que caiu um dirigente revolucionário socialista das massas do Magreb e Oriente Médio; um jovem revolucionário perspicaz que fez seu o marxismo revolucionário no momento em que se iniciava a revolução de 2011-2012. Abraçou as bandeiras da IV Internacional muito jovem e a maior parte de sua vida consciente viveu combatendo pela revolução síria e para pôr em pé o partido da revolução socialista em todo o Oriente Médio e a nível mundial. Ele e sua família viviam e vivem como operários, com os miseráveis 12 dólares por mês que os patrões – estejam eles sob qualquer bandeira – pagam aos operários em toda Síria partida.
Como socialista, Abu al Baraa completou sua preparação revolucionária estudando – nas trincheiras, junto a seus companheiros, ou em países vizinhos – os livros do trotskismo que estão traduzidos ao árabe, entre eles o mais importante, o que o apaixonava, o Programa de Transição. A morte de nosso camarada também mostra um fato da realidade que é inegável: os dirigentes da esquerda reformista gozam nos parlamentos burgueses dando as costas a uma revolução heroica, ou como miseráveis vendidos ao capital apoiando Al Assad, o “Franco” sírio. Enquanto isso, os quadros revolucionários morrem e combatem no mais avançado da luta de classes junto aos explorados da Síria.
Semanas atrás, os generais de Al Assad em Idlib tinham dito aos dirigentes das milícias rebeldes de Aleppo para acatarem sua disciplina militar. O companheiro Abu al Baraa manifestou, a quem quisesse ouvir, que só acatava às assembleias de milicianos, os comitês de coordenação e os que realmente combatem na frente e em primeiro lugar as massas da Aleppo cercada. Por isso daí, da Aleppo cercada, buscaram ele e seus companheiros para ser porta-vozes das massas esfomeadas. Dias atrás publicamos estas denúncias dos oprimidos de Aleppo contra os generais burgueses do ELS que abandoaram sua luta.
O camarada Abu al Baraa caiu quando junto com ele estávamos terminando o segundo tomo do livro “Siria Bajo Fuego”, intitulado 2015-16 “Síria: Operação Massacre”. Juntos, em equipe, preparando a saída do periódico em árabe “A verdade dos oprimidos”, porta-voz dos Comitês de Coordenação Revolucionários e da Brigada Leon Sedov. Ele era o diretor editorial do periódico. Estávamos organizando a fração revolucionária internacionalista dos operários e milicianos de vanguarda da Síria e Oriente Médio ao redor de um periódico digital e impresso... O trotskismo voltava a falar árabe, a linguagem da revolução socialista.
Este duríssimo golpe, que nos enche de angustia e de ódio contra os exploradores, não impedirá que terminemos estas tarefas militantes que estamos realizando, desta vez sem ele... Mas as faremos. As forças para isso já existem e floresceram nas trincheiras da guerra civil.
Estamos confiantes. Sabemos que há milhares como ele que estão se pondo e se porão de pé para lutar pela revolução socialista. O capitalismo se irou com a juventude operária e revolucionária do mundo. É que ela está na frente dos combates da classe operária mundial. Por isso os 43 normalistas desaparecidos no México, o assassinato de Michael Brown e demais jovens negros nos EUA, a juventude grega, basca ou do Estado espanhol e da Palestina estão nas masmorras dos regimes e governos capitalistas.


Abu al Baraa era a carne e o sangue dessa juventude rebelde, mas consciente de sua tarefa histórica de pôr em pé um partido para a revolução socialista internacional. Esta luta não foi em vão. O trotskismo é uma força viva implantada na vanguarda da resistência síria, honra que temos os revolucionários e não têm os que falam de socialismo nos dias de festa e que lhes foge e traem toda revolução que as massas façam ao redor do mundo. E mais, põe a maior distância entre elas estas revoluções e eles.
Da FLTI estamos em uma dura luta política contra a esquerda vendedora de ilusões, a que sustenta como enfermeiros o capitalismo em bancarrota, ou bem o governa diretamente para os banqueiros como faz a Syriza ou o Podemos. Não temos nada a ver os impostores do socialismo que isolam e cercam as revoluções e os revolucionários; com reformistas e cínicos contrarrevolucionários que fazem “brigadas” e “milícias” internacionais não para ir combater pela revolução mas para ir matar pelas costas os revolucionários, como fizeram os partidos stalinistas da Europa, que foram ao Donbass matar quanto miliciano não se submeta ao pacto contrarrevolucionários de Minsk de Obama e Putin. Já ficou claro, há tempo, que entre o marxismo revolucionário e o stalinismo há um rio de sangue. Aí estão os “jovens comunistas” da Itália, Ucrânia, Rússia indo saudar o assassino Al Assad em Damasco, levando solidariedade às forças fascistas que massacram na Síria. Do outro lado, nas barricadas da Aleppo rebelde, lutamos e morremos os trotskistas. No meio, um rio de sangue. De um lado estão os operários do Donbass russo, que não recebem seus salários há um ano, em greve revolucionária; e do outro os sindicatos dirigidos pelos stalinistas entregadores da revolução de outubro sustentando o assassino Putin e a nova aristocracia contrarrevolucionaria de Moscou.
Da Fração Leninista Trotskista Internacional (FLTI) terminaremos, continuaremos e aprofundaremos o combate que vínhamos dando junto dele. Lutaremos para que periódico da Síria e Oriente Médio “A verdade dos oprimidos” se transforme num movimento revolucionário de operários internacionalistas de uma das regiões mais agredidas pelo imperialismo no planeta. Este periódico em árabe concentrará as lições de anos de combate. Proclamará, como faz, que para ganhar a guerra contra o fascista Al Assad é preciso terminar com os generais do ESL e Al Nusra, é preciso expropriar os capitalistas e os banqueiros, é preciso levantar as fronteiras para que se armem e organizem milhões de refugiados que buscam voltar as suas casas para esmagar o cão Bashar, seu sócio Putin, e as potencias imperialistas que conspiram nos bastidores e na ONU para que essa imundice fascista lhe faça o trabalho sujo.
Hoje a FLTI se despede de um de seus jovens e mais brilhantes dirigentes. Um de seus revolucionários mais valiosos. Nós trotskistas regamos o campo de batalha com nosso sangue. Milhões de nós surgirão desses combates e levarão as ideias por quais Abu al Baraa deu sua vida à vitória. Os reformistas vivem na paz dos cemitérios da classe operária mundial em seus assentos parlamentares ou nas camadas altas da aristocracia operária.
Nosso camarada decidiu junto de outros jovens internacionalistas, proclamar o nome de sua brigada na Síria Leon Sedov, o filho de Trotsky assassinado pelo stalinismo. Hoje podemos dizer que o camarada Abu al Baraa, como símbolo da juventude revolucionária, será também bandeira de luta da Brigada Leon Sedov e da classe operária e dos oprimidos da Síria.


Capa de "A verdade dos oprimidos"

Abu al Baraa é um mártir da classe operária síria e mundial, bandeira de luta de todas as correntes socialistas e revolucionárias que apoiam a justa causa da revolução síria contra o cão fascista Al Assad. Antes de cair, os companheiros, junto a centenas de lutadores sírios, saudaram as resoluções do congresso de Fabris de La Paz (Bolívia) e do Congresso Internacional chamado pelos trabalhadores da educação do México (CNTE), que publicaram uma declaração de apoio às massas sírias. Ambas declarações estão traduzidas ao árabe e estão no periódico “A verdade dos Oprimidos. ” Estes companheiros transcreveram e fizeram suas as declarações dos operários do Metrô de São Paulo em apoio à revolução síria. Levaram a solidariedade e foram parte da Rede Internacional pela Liberdade dos Presos Políticos do Mundo. Nas trincheiras de Aleppo se sofria pelo destino dos 43 normalistas do México e se escreviam cartas de solidariedade com os docentes em luta na Terra do Fogo, Argentina. Os anarquistas desde as prisões gregas fizeram chegar cartas de solidariedade e apoio a seu combate. Eles souberam distinguir quem são seus aliados nas trincheiras da revolução síria. Os revolucionários sírios se entusiasmaram com os atos que se realizaram em todo mundo no dia primeiro de outubro, no dia de fúria em apoio à revolução Síria. Pois os rebeldes sírios necessitam – e sentem em carne própria – o apoio dos trabalhadores e oprimidos do mundo à sua justa causa. Hoje, mil vezes mais, quando os generais burgueses do ESL e Al Nusra que dizem lhes representar abandonaram o campo de batalha. Abu al Baraa é um fiel militante de todos esses combates da classe operária mundial. Que seja então um patrimônio e bandeira de luta de todos os que realmente lutamos pela revolução e damos a vida por sua vitória.
De nossa parte, reafirmamos nosso compromisso, que não é outro que o de romper o cerco à revolução síria, porque assim romperemos o cerco que impede a classe operária mundial derrotar o imperialismo, seus regimes e governos.
De Damasco à Tunes, de Aleppo à Jerusalém... uma só revolução socialista! Lugar à juventude trabalhadora! Viva a Síria Revolucionária Operária e Camponesa! Camarada Abu al Baraa... Até a vitória da revolução socialista internacional!
Coletivo pela refundação da IV Internacional / FLTI

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Boletim Luta Pela Base Nº 13

29 de Setembro de 2016
Entra na cena o coração
da classe operária industrial brasileira:
MAIS DE 2 MILHÕES DE METALÚRGICOS
VÃO À GREVE NACIONAL!

sábado, 24 de setembro de 2016

Último momento: Cessar-fogo? Uma grande enganação

Síria - 24 de setembro de 2016

Último momento:

Cessar-fogo? Uma grande enganação

Continuam os bombardeios contra as massas rebeldes que não se rendem perante o cão Bashar, Putin e seu sócio Obama, e que continuam lutando pelo triunfo da revolução em Damasco.
Todas as forças para derrotar Al Assad!
Fora os ianques, as forças de Putin e todas as tropas invasoras da Síria!
Hoje mais do que nunca, é preciso romper o cerco às massas sírias!
Ganhemos as ruas de todo o mundo!
Enviemos fundos, medicinas, armas e voluntários à heroica resistência síria!

Alepo: centenas de mortos pela aviação do genocida al Assad e Putin:

Essa é a verdadeira face do "cessar-fogo" de Obama e Putin... uma cortina de fumaça para encobrir um brutal bombardeio e massacre às massas rebeldes sírias, destruição de seus bairros, suas casas, seus hospitais, suas fontes de abastecimento de água...

É preciso barrar o massacre do cão Bashar, sustentado por Putin e Obama! Para deter a guerra, é preciso ganhá-la! É preciso triunfar em Damasco!

Chamado de emergência a todas as organizações operárias, estudantis, combativas e de luta para colocar de pé comitês de ação para apoiar de maneira rápida e efetiva às massas sírias, antes que seja demasiado tarde.

Ataque da aviação do genocida Al Assad e Putin aos quarteis da Brigada León Sedov







MAIS DE 2 MILHÕES DE METALÚRGICOS VÃO À GREVE NACIONAL!

Brasil – 29 de setembro de 2016

Entra na cena o coração da classe operária industrial brasileira:

MAIS DE 2 MILHÕES DE METALÚRGICOS VÃO À GREVE NACIONAL!

A paralisação metalúrgica de 29 de setembro, a greve dos bancários e a luta que preparam os petroleiros, devem ser a ponta de laça para abrir o caminho ao combate unificado da classe operária e dos explorados em todo Brasil!

Contra as demissões, suspensões, a flexibilização trabalhista, as privatizações e o saqueio imperialista...
Pelo pão, trabalho, terra, teto e vida digna...

PERANTE A LUTA NACIONAL DAS CENTRAIS SINDICAIS, DO MST E DO MTST! LUGAR ÀS ASSEMBLEIAS DE BASE, AOS COMITÊS DE FÁBRICA!
É PRECISO COLOCAR DE PÉ TODO O MOVIMENTO OPERÁRIO E OS EXPLORADOS DO BRASIL!
É preciso barrar o ataque dos capitalistas!
GREVE GERAL!

FORA TEMER E TODOS OS POLÍTICOS PATRONAIS AGENTES DO IMPERIALISMO! BASTA DE DEMOCRACIA PARA RICOS!
FORA O FMI!

CHEGOU A HORA QUE A CRISE A PAGUEM OS CAPITALISTAS E TODOS OS SAQUEADORES DA NAÇÃO
GOVERNO PROVISÓRIO DA CUT, DO MST, DO MTST, DA CSP-CONLUTAS E DAS ORGANIZAÇÕES OPERÁRIAS E POPULARES DE LUTA!

Greve Geral 1983

Todas as centrais sindicais convocaram uma jornada de luta para dia 22 de setembro, enquanto os metalúrgicos se preparam para sair à greve unificada a nível nacional no dia 29 de setembro. Já estão em greve 100% dos bancários do Rio de Janeiro, em São Paulo mais de 35 mil bancários estão em greve, já 56% dos bancos do país estão fechados, enquanto os petroleiros estão preparando greves e paralisações para as Campanhas Salariais que estão em processo. As reivindicações são as mesmas, contra a superexploração, pelo salário e condições dignas de trabalho, contra as privatizações, contra as demissões e os ataques às conquistas históricas dos trabalhadores, contra as reformas trabalhistas e a flexibilização; a luta também deve ser a mesma. As jornadas do dia 22-09 deveriam chamar à unidade de toda a classe operária para lutar contra o ataque do governo e dos capitalistas, deve ser um primeiro passo para a greve geral CHEGOU A HORA DE UNIFICAR AS FILAS OPERÁRIAS E DOS EXPLORADOS! BASTA DE LUTAR DIVIDIDOS! JÁ LUTAM OS BANCÁRIOS, ENTRARÃO OS PETROLEIROS! AS CONDIÇÕES PARA A GREVE GERAL ESTÃO MADURAS!

É preciso lutar como faziam os comitês operários dos anos 1978-80!

Pela primeira vez em décadas está em desenvolvimento a preparação da greve nacional metalúrgica convocada por todas as centrais sindicais. Como faz anos não acontece, os metalúrgicos, quando entrem ao combate, podem ser e serão a força motora que desenvolva o combate de toda a classe operária e do conjunto dos explorados do país para enfrentar o atual ataque do governo Temer, da patronal escravista e das transnacionais imperialistas, que pretendem impor um ataque sem precedentes sobre os trabalhadores liquidando conquistas históricas, atacando a idade de aposentadoria, os orçamentos de educação e saúde, enquanto avança já com planos de suspensões e demissões por fábrica e no estado.

Essas conquistas que nos tiram hoje não existiriam sem os combates revolucionários dos Comitês de Fábrica dos anos 1978-1980 dos operários metalúrgicos, que foram a garantia de unificação do conjunto dos trabalhadores e da juventude que fizeram tremer à ditadura e ao imperialismo, infelizmente faz décadas que os operários metalúrgicos não conseguiam unificar sua luta numa jornada nacional e numa paralisação e greve conjunta.
Graças à submissão ao PT e ao Ministério de Trabalho dos dirigentes de nossas centrais sindicais, que nos dividiram e negociaram fábrica por fábrica e categoria por categoria, os metalúrgicos estão sofrendo um ataque histórico a suas conquistas, já são centenas de milhares de demitidos, milhares de suspendidos, fábricas que estão fechando, nos últimos anos primou a divisão e a desmoralização. JÁ BASTA! Basta de divisão e submissão aos políticos burgueses e aos patrões!

O governo ilegítimo de Temer, posto na presidência por 59 senadores aristocráticos baseado na reacionária Constituição de 1988, aprofunda os ataques que Dilma aplicava a conta das transnacionais e da patronal. Por cima de qualquer diferença que tenham, juntos querem jogar o peso da crise que criaram sobre as costas dos trabalhadores. Não podemos permitir!
Para enfrentar esse ataque centralizado desde as federações patronais como a FIESP e a FIRJAN, a bolsa de valores e os grandes bancos e esse governo ilegítimo, é preciso conquistar a unidade de todos os setores que estão em luta! É preciso votar delegados de base nas assembleias em todas as fábricas e estabelecimentos para fazer efetiva a Frente Nacional de Luta da CUT, MST, MTST, CSP-Conlutas, Intersindical e todas as organizações operárias e populares de luta que chamam à greve para dia 29 de setembro.

Milhões de trabalhadores entraram na luta ou se preparam a fazê-lo. As centrais sindicais não representam a maioria da classe operária. Milhões de operários informais, temporários não são tomados em conta pelas direções sindicais na “época de paz”.
A burguesia declarou a guerra e milhões de trabalhadores apresentam batalha. É preciso unir e organizar a ampla maioria dos trabalhadores do Brasil, e o único caminho para isso é colocar de pé os comitês de empresa em todo Brasil com delegados, revogáveis, de todos os trabalhadores votados na assembleia de base.
Assim foram os comitês de greve e de fábricas com os quais a classe operária durante a ditadura, em 1978-1980, deu uma das maiores gestas da história. A nova burguesia do PT e suas direções sindicais pelegas, queriam e querem que se esqueça que assim a classe operária lutou e encurralou à ditadura militar no Brasil. Por interromper esse caminho, ainda não conseguimos cortar as correntes ne os grilhões da escravidão assalariada na qual nos submete o capital.

Lugar aos comitês de fábrica! Lugar aos comitês de greve! É preciso que os que estão lutando se unifiquem por cidade, por estado e a nível nacional!

Bilhões em lucro para os patrões escravistas e salários de miséria e desemprego para os trabalhadores
Que os capitalistas paguem pela crise!
Plano operário de emergência!

2015. Mobilização dos metalúrgicos do ABC
A patronal escravista diz que é preciso apertar os cintos e que todos devem ceder alguma coisa para que o país volte a crescer. Nos chantageiam com a crise quando sabemos que todos estes anos as transnacionais, os bancos e a patronal tiveram lucros recordes de bilhões de dólares. É preciso abolir o secreto comercial! Todos sabem quanto ganha um operário, mas o lucro dos patrões é sempre um secreto! É preciso impor a abertura dos livros de contabilidade de todas as transnacionais e das empresas que dizem que estão em crise. Trata-se de ver onde está o dinheiro que fizeram com nossa superexploração e o saqueio do país. Aí se verá com certeza quem roubou ao povo fazendo que paguem por tudo.
Para garantir trabalho e salário digno é preciso impor desde as organizações de luta a ruptura e o desconhecimento dos acordos assinados pela burocracia na mesa de negociação com a patronal! Expropriação sem pagamento e sob controle operário das transnacionais e de todas as fábricas que fechem, suspendam ou demitam trabalhadores. Salário mínimo vital e móvel de R$5.000 para todos indexado segundo a inflação!
Para conquistar trabalho para todos é preciso partilhar o trabalho entre todas as mãos disponíveis diminuindo a jornada de trabalho! Que se abra um turno a mais em todas as fábricas!
Para conquistar infraestrutura, moradia digna, educação, estradas, hidroelétricas e petroquímicas é preciso expropriar as construtoras das mãos dos ladrões que roubaram do povo! Expropriação da Odebrecht, a OAS, a Camargo Correa e todas as empreiteiras, assim conquistaremos um plano de obras públicas ao serviço do povo brasileiro! Basta de morrer como moscas nas obras e depois que essas se paralisam acabamos como mendigos nas ruas como foi nas obras do COMPERJ.
É preciso expropriar à oligarquia, os latifúndios e as transnacionais do agronegócio para garantir terra para os camponeses pobres!
É preciso renacionalizar sem pagamento e sob o controle operário da Petrobras, a Vale, e todas as privatizadas.
É preciso expropriar todas as transnacionais, romper todos os acordos de entrega assinados com o imperialismo e parar de pagar a dívida externa. As reservas do Banco Central são dos trabalhadores, fora as mãos de Meirelles e do FMI de nossas reservas.

Hoje, entram no combate os operários metalomecânicos de todo o Brasil, que junto com nossos irmãos do Mercosul, nas montadoras, nas siderúrgicas, nas fábricas de autopeças, produzimos a imensa maioria das riquezas, que só vão para sustentar os parasitas das transnacionais, dos banqueiros e do FMI.
A classe operária se coloca de pé. É preciso preparar um plano de luta e a greve geral revolucionária, para que Temer saia, para que o Brasil explorado seja a vanguarda na luta anti-imperialista, e impor uma saída operária à crise!

Comitê Revolucionário Operário e Juvenil pela Auto-organização
Aderente do Coletivo pela Refundação da IV Internacional -- FLTI

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A esquerda reformista, conselheira da democracia para ricos e do sistema capitalista em crise
Do Alaska até a Terra do Fogo, a classe operária não se rende e apresenta batalha

As correntes da esquerda reformista prometem mais do mesmo: novas eleições para que novos políticos represtigiados sejam os que, com a roupa limpa, apliquem os planos antioperários e de submissão ao imperialismo quando Temer já não os possa aplicar. Esse não pode ser o papel das correntes que se reivindicam socialistas, o papel de conselheiros da burguesia de como solucionar sua crise!
Correntes como o PSOL, o PSTU ou o MRT debatem se “eleições gerais” ou “constituintes”. Esse não pode ser o programa das correntes que se reivindicam socialistas. Aqui a burguesia disputa quais de suas frações monopoliza o governo para atacar às massas. Quer dizer, discutem quem governa em momentos que o crash econômico golpeou o Brasil submetido ao imperialismo. E todos, acatando a constituição de 1988, resolveram que seja Temer.
A classe operária também deve discutir quem governa e que poder: Nem Temer, nem a burguesia petista! Todo o poder ás organizações de combate da classe operária e do movimento camponês!

A esquerda socialista-democrática se demonstrou incapaz de ultrapassar os limites da democracia burguesa, inclusive, quando algumas delas acusem que teve “golpe de estado” que tirou sua presidenta Dilma. A burguesia submete à classe operária através das direções reformistas às distintas quadrilhas que disputam o governo e seus negócios em falência.
Revoltas de junho de 2013
A classe operária não pode ser espectadora desta crise política. A luta por um governo provisional revolucionário de operários e camponeses é a tarefa do momento. De outra forma, é deixar que só a burguesia tenha legitimidade para decidir de costas ao povo e votado por um punhado de riquinhos no congresso – como o estabelece a arqui-reacionária democracia para ricos – quem governa no Brasil.

Aqui o concreto é que por eleições ou aceitando sua demissão perante o congresso (como Dilma), o bolivarianos se retiram de América Latina depois de anos de administrar os interesses do imperialismo na região.
O que não vai mais no Brasil é o saqueio do imperialismo e o podre sistema capitalista. Porque, do esgoto deste sistema saíram os Temer, os políticos patronais, e para salvar e sustentar o sistema surgiu também o PT e uma nova burguesia rentista baseada nos negócios do estado, atando as mãos da classe operária, para que não tome o poder e não avance a revolução socialista.

No Brasil e em toda América Latina, os governos bolivarianos se retiram depois de expropriar a luta anti-imperialista da classe operária e das massas exploradas de nosso continente. Em sua retirada, terminam de entregar, com os irmãos Castro, Cuba aos ianques.
Os Maduro, os Lula, os Chávez, os Morales, os Kirchner, as Dilma não foram além do rodeio para expropriar o combate revolucionário das massas latino-americanas, para que agora os Macri, os Temer, os Capriles continuem o saqueio e a exploração dos trabalhadores.
Não se pode enganar mais ao povo. Da mão dos chamados “bolivarianos” e do governo do PT no Brasil se aplicaram os piores planos de fome à classe operária e de submissão da nação ao imperialismo. Juntos governam com Temer... O imperialismo seleciona, sob as condições de catástrofe da economia capitalista, seus melhores homens.

A classe operária a nível internacional e no nosso continente não se rende nem se rendeu. A classe operária boliviana enfrentou, semanas atrás, com uma poderosa greve geral o ataque de fome e demissões de Morales aos operários bolivianos.
Novamente, os trabalhadores e a juventude chilena ganham as ruas contra a estafa antioperária que resultou ser o governo da Bachelet e o Partido Comunista, que não deu nem educação gratuita nem sequer o direito dos trabalhadores a organizarem seu próprio sindicato nacionalmente. No México, a classe operária e os camponeses se encontram em estado de sublevação contra o odiado governo Peña Nieto e o regime do TLC. Em EUA, a classe operária protagoniza duríssimos combates por um salário mínimo de 15 dólares a hora, enquanto se rebela a classe operária contra a guerra que o regime de Wall Street declarou à América Negra. No Brasil, já lutam os trabalhadores do correio, se preparam os petroleiros, os bancários estão em greve e agora entram no combate o coração da classe operária industrial: os metalúrgicos. As condições para a greve geral que derroque ao governo estão sendo preparadas pelas próprias massas. As condições para a vitória não é outra que a classe operária rompa a submissão à burguesia e ao regime dos de cima.

A “revolução bolivariana” só resultou ser uma estafa. Já não tem saída para os explroados nesta democracia para ricos. Lugar aos de abaixo! Lugar à revolução socialista!

A CNTE (Coordenadora Nacional de Trabalhadores da Educação) do México chamou a um congresso internacional para lutar juntos contra o imperialismo, que é o mesmo inimigo que temos todos os trabalhadores. Aí estão nossos verdadeiros aliados!
Aí estão as imensas forças que temos para vencer!
Nossas forças estão na unidade com a classe operária de todo o continente americano e não submetidos às distintas frações da burguesia, que só governaram e governarão para defender os interesses do sistema capitalista!
A CSP-Conlutas votou participar do congresso internacional chamado pela CNTE. Essa deve ser uma tarefa de todo o movimento operário brasileiro. Para isso, é preciso votar desde as assembleias e estabelecimentos de todo o Brasil, junto com uma pauta única de demandas que centralize e unifique nossa luta caminho a Greve Geral.

Do Alaska até a Terra do Fogo: uma mesma classe, uma mesma luta, um mesmo inimigo
Lugar ao internacionalismo militante!

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Basta de submeter a classe operária a seus carrascos!

O imperialismo e os parasitas usurários, para cobrar-se sua fraudulenta dívida externa, selecionaram a quem acreditam ser o melhor governo para atacar o povo. Exige a Dilma e aos políticos patronais do PT que devolvam o dinheiro que os enriqueceu, pois, o imperialismo agora vem para cobrar a dívida usurária e disciplinar seus agentes. “Nada de demagogia com o povo”, é o que exige desde a embaixada norte-americana.
Dilma e Lula se ofereceram para ser os que joguem esse brutal ataque contra as massas. O grande capital e as transnacionais os colocaram num canto. Agora, é a vez de Temer e, se fracassa, voltarão Dilma e Lula para tentar. Essa democracia oligárquica dos escravistas o Brasil e sua reacionária constituição de 1988 deram a possibilidade à burguesia de, com o impeachment, fazer o recambio da junta de governo para atacar em melhores condições à classe operária. Disso se trata essa arqui-reacionária democracia burguesa baseada na constituição de 1988, que todos os políticos patronais respeitam e acatam à risca, como o fez Dilma. Não se pode submeter mais à classe operária a nenhum de seus carrascos! Nem Temer, nem o PSDB, nem a nova burguesia do PT. Não podemos atar nossa luta pelo salário, a moradia e a terra a nenhum dos políticos milionários testa-de-ferro da patronal escravista. A libertação dos trabalhadores será obra dos próprios trabalhadores!
 
O crash económico do Brasil não é mais do que uma expressão de uma ronda da crise económica mundial, que em 2008 estava centrada em Wall Street. Essa vez, pela recessão na China, se afundam os preços dos commodities. O imperialismo morigerou sua crise de 2008 e encheu de empréstimos regiões inteiras do planeta, e hoje têm que pagar com fome, miséria e exploração. Isso fez com Brasil.
As transnacionais na crise chantageiam os trabalhadores com suspensões, demissões e fechamentos de fábricas. Assim, as transnacionais atacam à classe operária em todo o mundo, do Alaska até Terra o Fogo, na França liquidaram a conquista das 35 horas semanais de trabalho, ou na Índia tirando de vez todas as conquistas sindicais aos operários.
O imperialismo e as classes possuidoras tomaram consciência que para superar a crise do Brasil é preciso atacar brutalmente à classe operária e os pobres da cidade e do campo. Não podemos permitir! São eles ou nós! Eles vêm por todas nossas conquistas.

Para lutar, é preciso romper a submissão à burguesia de nossas organizações de luta. Nem com Temer, nem com os políticos patronais do PT (que há poucos meses vinham governando durante os últimos anos), nem com o parlamento fantoche, nem com os juízes e milicos sob as ordens da embaixada ianque. Nenhum deles nos representa! Com nenhum deles conquistamos nem conquistaremos o pleno emprego, o salário digno, nem conseguiremos a terra nem a independência nacional. Só o faremos rompendo com todos os políticos patronais e só confiando em nossas próprias forças.
É preciso colocar de pé o poder dos de abaixo, que não é outra que um congresso nacional de operários e camponeses, que represente à maioria do Brasil: os explorados.
As direções dos sindicatos e das centrais camponesas, os submetem à burguesia. É preciso impor a ruptura de nossas organizações com os inimigos de classe!

A classe operária deve tomar a solução da crise em suas mãos! Nós devemos impor nosso governo, de nossas organizações, das centrais sindicais, dos movimentos sem terra e sem teto, apoiado na democracia direta das classes exploradas do Brasil. Por um governo provisional revolucionário da CUT, do MST, MTST e todas as organizações de luta dos operários e camponeses, assentado nas massas auto-organizadas e armadas!
Eles, os de cima, selecionam o melhor governo para atacar os trabalhadores, apoiados num parlamento de um punhado de oligarcas, em juízes da embaixada ianque e uma feroz repressão de suas bandas armadas da polícia assassina. Nós devemos impor nosso governo apoiado nas organizações e na luta de milhões de explorados.

Só um governo apoiado nas massas auto-organizadas, das organizações operárias e camponesas, será o único que poderá dar inclusive a democracia formal até o final, como seria uma assembleia nacional constituinte livre e soberana, que decrete a cessação imediata da constituição de 1988 e todos seus poderes oligárquicos, quer rompa com o imperialismo e que garanta a terra aos camponeses, resolvendo assim as tarefas democráticas não resolvidas num Brasil mil vezes colonizado. Só esse governo revolucionário operário e camponês poderá garantir essas tarefas mínimas e democráticas, porque terá o poder e as armas para impô-las.
A burguesia discute como organizar seu governo e seu poder para atacar os explorados. Nós desde abaixo devemos fazer o mesmo: preparar uma grande luta, abrir o caminho à greve geral revolucionária, colocar em pé as organizações de combate que representam à maioria do Brasil explorado, para lutar por conquistar nosso poder, o poder dos de abaixo.

Já estão em andamento jornadas de luta dos explorados do Brasil. Essas estão abrindo o caminho a um novo levantamento de massas, como em 2013. Trata-se de retomar essa luta, desta vez num patamar superior.
A classe operária que hoje entra ao combate deve saber que entra numa luta decisiva, que vai lutar por tudo, porque isso corresponde a nós, porque assim atacam os capitalistas: por tirar tudo o que é nosso. Uma grande luta deve ter grandes objetivos.
Nestas jornadas de luta de destacamentos de vanguarda e poderosos da classe operária do Brasil se criam as condições da greve geral, que paralise o país e demonstre quem realmente o faz funcionar e quem é o dono.

Brasil será socialista ou será colônia de Wall Street!

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No Brasil, 2 milhões de operários metalúrgicos saem à greve nacional no dia 29-09 contra as demissões, as suspensões e os ataques a seus direitos!

O CORAÇÃO DO PROLETARIADO METALÚRGICO SAI À LUTA E FAZ TREMER O MERCOSUL!

SE COLOCA NA ORDEM DO DIA UM COMBATE UNIFICADO DE TODOS OS METALÚRGICOS EM AMÉRICA LATINA PARA ALÉM DAS FRONTEIRAS CONTRA AS TRANSNACIONAIS QUE SAQUEIAM NOSSOS PAÍSES!

NOS EXPLORAM OS MESMOS PATRÕES E TRANSNACIONAIS IMPERIALISTAS DE UM E OUTRO LADO DAS FRONTEIRAS...

CONTRA AS DEMISSÕES, AS SUSPENSÕES E O ARROCHO SALARIAL... LUTEMOS JUNTOS!

De um lado e de outro das fronteiras as transnacionais escravistas chantageiam com a crise e a diminuição da produção, mas nós sabemos muito bem que durante todos estes anos, fizeram enormes lucros. Os patrões escondem seus lucros de bilhões de dólares sob o secreto comercial, enquanto todos sabem qual é o salário de um operário. Basta! Queremos saber onde está o dinheiro que ganharam com nossa exploração, com o esforço de nossos músculos. Abaixo o secreto comercial! Abertura dos livros de contabilidade de toda a rama metalúrgica e metalomecânica do Mercosul! Basta de bilhões de lucros para os patrões escravistas e salários de miséria para os operários!
Comitês operários no Brasil 78-80

De um lado e de outro da fronteira abaixam nossos salários enquanto as condições de vida para as massas são cada vez piores e a carestia da ida aumenta com aumentos de impostos, inflação, desvalorização da moeda e ajuste fiscal a conta do FMI. Na Argentina, as burocracias sindicais das centrais operárias deram trégua ao governo Macri, arranjou os salários de miséria para os trabalhadores e hoje se negam a chamar à luta dizendo que não tem condições para lutar porque é preciso “cuidar” o trabalho. Dois milhões de operários metalúrgicos – o setor mais concentrado da classe operária do continente que paralisando a produção mexe com os lucros de todas as transnacionais ligadas à produção metalúrgica – saem à luta. São as melhores condições para que os operários metalúrgicos e metalomecânicos argentinos saiam à luta. No Brasil, na Argentina e em todo o Mercosul, os operários temos as mesmas demandas de trabalho, salário e vida digna. Lutemos juntos neste 29-09 contra as demissões, as suspensões e a terceirização!
As transnacionais como a BHP Billiton, ArcelorMittal, a Ford, GM, Renault, VW, Mahle Magneti Marelli... A transnacional Techint dona a Usiminas (Brasil), dona da HILSEMEX (México), é a mesma patronal que os operários de SIDOR (Venezuela) enfrentaram em 2008 e que são os donos de SIDERAR, a maior siderúrgica da Argentina. Assim nos exploram de um lado e de outro da fronteira, eles saqueiam nossos minerais, nos colocam para trabalhar nas piores condições e levam bilhões de dólares aos grandes centros financeiros do mundo todos os anos! Só no Brasil a ArcelorMittal, nos últimos anos chegou a ter 10 bilhões de dólares de lucro no ano. De que crise falam os patrões? Essa quantidade de dólares, é mais do que vai pagar Argentina em juros à banca imperialista só nesse ano! Os capitalistas jogam a crise em nossas costas com demissões, suspensões, carestia da vida. BASTA!
Coordenadoras operárias de 70 na Argentina

AS TRANSNACIONAIS CRIARAM O MERCOSUL PARA EXPLORAR PARA ALÉM DAS FRONTEIRAS... O CAPITAL NÃO TEM FRONTEIRAS... OS OPERÁRIOS TAMBÉM NÃO! BASTA DE LUTAR DIVIDIDOS! CHEGOU A HORA DE LUTAR JUNTOS COMO UM SÓ PROLETARIADO METALÚRGICO EM TODO O MERCOSUL!

LUTEMOS JUNTOS DESDE O ABC-PAULISTA, DA BAIXADA FLUMINENSE, PARANÁ E RÍO GRANDE DO SUL ATÉ CÓRDOBA, BUENOS AIRES, ROSARIO E TERRA DO FOGO!

Os operários metalúrgicos de SIDOR (Siderúrgica do Orinoco) da Venezuela, não estão sozinhos. Eles enfrentam a fome e os paus que impõem a burguesia bolivariana, Maduro e a MUD, sócios menores das transnacionais imperialistas, que assim como Macri e Temer aplicam os planos determinados pelos CEOs das transnacionais, o FMI e Wall Street, a custo de nosso suor, músculos e sangue. JÁ BASTA!

O grito dos operários da SIDOS de Não acreditamos em comunistas de Rolex nem em socialistas com Hummer, acreditamos na revolução dos trabalhadores! Deve ecoar em todo o Mercosul! Esse é o caminho! Isso é o que temos que conquistar!

FORA AS TRANSNACIONAIS DE AMÉRICA LATINA! FORA WALL STREET, O FMI E SEUS GOVERNOS!
UMA SÓ CLASSE, UM MESMO INIMIGO, UMA SÓ LUTA!